domingo, 17 de junho de 2012

Tão distante, tão rápido, tão duradouro...

Neste dia, de uns anos pra cá, virou um costume para mim colocar meus pensamentos sobre ela em um algum lugar. Afinal, é impossível esquecer a dor que esse dia me trouxe, há exatos 7 anos. É impossível esquecer todos os meus movimentos anteriores à notícia no dia, todos os meus murmúrios e orações, seguidos de um desconsolo incomum, posteriores à terrível e injusta notícia. Entretanto, sempre pensei naquilo que ela poderia ter feito se ainda estivesse aqui, na jornada abaixo do Sol. Hoje, minha mente retorna àquele tempo...


"Can you hear me?
I close my eyes and go back in time. 
I can see you smiling, you're so alive!          I close my eyes and go back in time. You were wide-eyed, you were wide-eyed. We were so young, we had no fear. We were so young, we had just begun a song we knew, but we never sang. It burned like fire inside our lungs, and life was just happening..." Souvenirs - Switchfoot


Lembro-me da minha parte preferida do dia nos retiros da igreja: antes do café da manhã. Eu acordava antes de todos no quarto, me arrumava (o máximo que uma criança aos 7 anos consegue), pegava minha Bíblia e ia desvendar o Sítio Ramá. Claro que não ia tão distante, pois estava na expectativa daquela van passando por mim... e Tia Rose me chamando para irmos juntas comprar o pão para todos no mercado, um pouco longe dali.

Lembro-me também de suas visitas aqui, sempre me incentivando a ir para os retiros sem a minha mãe, pois já estava muito crescida e tinha que aprender a ter responsabilidades. Para ser sincera, eu não entendia isso na época, mas agora penso: o que tinha a temer se ela estaria lá cuidando de mim? Ah, como a amei! E  me arrependo por não ter dito isto à ela em sua última visita aqui, quando eu tinha 12 anos...


Entretanto a lembrança que tenho mais viva em minha mente é do mesmo ano, quando ela levou minha mãe e eu à sua casa, pouco antes de uma vigília, em Niterói. Lembro de todos aqueles porta-retratos de sua família espalhados pela casa, e da forma que falou com sua filha, que morava no exterior. Era tanto, mas tanto amor que aquela mulher carregava e transbordava aos que estavam ao seu lado, que deixava qualquer um extasiado.


Enfim, eu posso entender porque a Tia Rose foi embora tão rápido. Qualquer um gostaria de tê-la por perto, e creio que Jesus encontrou motivos para fazê-la ir. Fico muito feliz por ter feito parte de sua vida e a levarei sempre em meu coração. 


Desejo agradecer pelo tempo gasto.
Por amar infinitamente.
Por ter mostrado o caminho do Mestre com a própria vida.
Eu amo você e ainda não consigo acreditar que você se foi.
Tão distante, tão rápido, tão duradouro... (01/06/2010)

"I'm turning with the tide, looking through her eyes." Dream Theater



6 comentários:

  1. Nossa perfeito!!!!também fez parte da minha caminhada,dos meus 11 aos 24 anos... Tia Rose...como esquecer? Lembro até hoje quando recebi a notícia,muito difícil de acreditar! Realmente Deus a tomou para si,assim como a história da menina que queria morar com Jesus,que ela sempre contava...

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    1. Verdade, Adalberto. Ainda tenho lições pra minha vida inteira com a vida dela como exemplo! :) Saudades, beijos!

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  3. Muitos a amaram, ela sabia amar de verdade, sabia compartilhar e nos mostrar o amor de Deus que estava na vida dela para nós.
    graças a Deus temos ótimas lembranças dela.

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    1. Fico muito feliz por tê-la conhecido mesmo... graças a Deus. :)
      Saudade de vocês!

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