sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Olhos expressivos, sorriso vacilante.

"Adriana, conhecida como Dona Maria. Uma mulher de pele escura com aproximadamente 30 anos de idade. Cabelo curto, baixa estatura. Olhos expressivos, sorriso vacilante. Roupas sujas, esfarrapadas e mal-cheirosas. Sua casa? Às vezes na praça XV... outras no Castelo. Família? Não, infelizmente ela não tem ninguém próximo. Sua história? Ela morava em Santa Cruz em uma casa de verdade, com um homem que a maltratava. Após algum tempo, ele a abandonou... e como não podia mais pagar pela sua moradia, nem possuía a Afeição de outros ao seu redor, foi morar na rua. Isso ocorreu há aproximadamente 3 anos e meio.
Ela já foi levada a abrigos sim, se esta é sua pergunta. Apenas não pôde permanecer lá porque recebia choques todos os dias, por inúmeras vezes. Ela também já foi perseguida por policiais nas ruas, dos quais foi agredida fisicamente e verbalmente, além de outros receber mais choques. Ainda há um outro homem mendigo que a persegue, a forçando a estar sempre próxima a ele.
Ela me recebeu com festa naquele nosso primeiro dia e agradeceu a Deus pela minha vida. Duas semanas depois consegui encontrá-la novamente, quando pude saber seu nome, sua história e sua dor. Passou-se muitos dias até que pudesse encontrá-la novamente porque foi internada em um abrigo e no hospital, por pneumonia. Após mais 3 encontros, nunca mais tornei a vê-la. Mas ela vive em minha memória.
É claro que fazemos escolhas durante toda a nossa vida que definem quem seremos amanhã. E é claro que somos responsáveis por estas escolhas. Mas pelo outro ângulo, do que importa a estadia aqui abaixo do sol se não cuidamos das vidas que coexistem neste lugar?
O que mais me admirava em sua personalidade era seu intenso amor e sua felicidade transmitida quando via que eu vinha ao seu encontro para conversar. Seus olhos brilhavam e eu tinha consciência que estava diante de uma pessoa única, singular e peculiar... criação dEle, minha irmã. Acredito que fui mais ajudada por ela e por todos aqueles ao seu redor do que o contrário. E, acredite, sinto saudades dela, de seu sorriso e de seu aperto de mão - o mais sincero que já recebi."


Isto é um pequeno relato sobre a mulher que mudou uma vida. Agora, por que estou compartilhando isto com vocês, meus amigos leitores? Só estou escrevendo algo que há muito tenho guardado apenas para mim. É esta a razão de eu escrever tanto sobre amar intensamente e sinceramente o meu semelhante. Eu experimentei pouquíssimo desta fonte, mas posso afirmar que não há coisa melhor do que amar e entregar tudo aquilo que está em suas mãos. Afinal, mesmo que seguremos firmemente aquilo que pensamos que possuímos (intelectualmente ou materialmente)... vamos perceber que nada é nosso apenas para o nosso próprio benefício. Se mantermos nossas mãos e mentes fechadas, será como correr atrás do vento... não haverá proveito algum. Abra sua mente, boca e mãos... e tudo se multiplicará. Principalmente o amor. E corra em direção ao Vento - meu Amado Deus.

Peço apenas uma coisa. Ouça esta música, leia a letra e AME a todos. Nunca será demais.

"Ontem te vi, foi mais claro que a Lua e eu não tive dúvidas. Foi bem clara a visão, bateu forte o coração quando eu te vi. Ontem te vi.Depois de buscar-Te tanto antes de raiar o Sol, eu pedi que me deixastes ver Teu rosto em oração. Ontem te vi.
Como menino de rua sem um lugar para dormir, com suas mãos estendidas pedindo pão para viver. Vi em seus olhos suplicantes, em seu sorriso vacilante. Ontem te vi.Te vi num quarto de hospital, em solidão te vi chorar. Vi em seu rosto atribulado de um enfermo desolado. Sem esperança de viver, cansado de tanto sofrer. Ontem te vi.Te disfarças e te escondes dos meus olhos. Mas ontem te vi."
Música de Jesus Adrian Romero, Ayer te vi. / Versão em português, Ricardo Robortella.
"Ninguém o despreze pelo fato de você ser jovem, mas seja um exemplo para os fiéis na palavra, no procedimento, no amor, na fé e na pureza." 1 Timóteo 4:12





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