terça-feira, 14 de agosto de 2012

algo resistente como rocha, intenso como um incêndio

Há um misto de sentimentos completamente distintos dentro de mim e pensamentos conflituosos e desgastantes sendo analisados por minha pequenina e limitada mente. Entretanto, tenho a certeza que todos estes provêm da mesma fonte. Da fonte de Vida. Vida Eterna.

Após ler o livro de Helen Berhane, a cantora da Eritréia citada no post Apenas um memorando..., e ouvir o que Jesus tem me falado em meus poucos e limitados devocionais, sei que para intercedermos sobre algo é necessário sentir o peso do Outro e isso só pode ser obtido pelo conhecimento da causa e o Amor gerado por este.

Esta querida e amada irmã ama Jesus mais que a própria vida. Gostaria de ser como ela. Mesmo em um contêiner durante dois anos, torturada ao ponto de entrar em coma, ela nunca assinou um simples documento no qual negaria sua fé no Filho de Deus. Preparava estudos bíblicos todos os dias, ensinava músicas às outras prisioneiras para cantarem juntas ao Eterno e compartilhava do amor do Eterno até mesmo aos guardas.
"Eu não tenho medo de vocês. Vocês podem fazer o que quiserem comigo, mas o máximo que podem fazer é matar meu corpo. Vocês não podem tocar minha alma. Não podem sequer me matar se não for da vontade de Deus que eu morra." ¹

Gostaria que meu amor por Ele fosse como o dela. Resistente como uma rocha e intenso assim como o calor de uma fogueira. Entretanto tenho apenas as minhas "declarações de amor que não duram mais que a neblina da manhã ou que o orvalho do amanhecer". ² Bem, utilizarei o que tenho para entregar a Ele, pois acredito que esse amor será intensificado pelo Eterno cada vez que ficar mais próxima e parecida com Ele. Há realmente um longo caminho a seguir. Tomo o conselho de Jeremias e sigo em frente, nesta indefinição de emoções e pensamentos.
"Quando a vida está difícil de suportar, entregue-se à solidão.
Recolha-se ao silêncio. Curve-se em oração.
Não faça perguntas. Espere até que surja a esperança." ³



Há duas semanas, conheci uma frágil senhora que tem um brilho nos olhos muito mais belo do que a visão da Galáxia de Andrômera. Ela não pode andar já há um mês, reside em uma casa de repouso de situações precárias e não está completamente lúcida, porém derrama um amor tão intenso e puro quando fala e olha para nós que eu a invejo muito (no bom sentido). Seu nome é Salomé e, se serve de aviso, tudo o que quiser que ela faça, fale que sua mãe mandou.

Espero pelo dia em que amarei meu Eterno Senhor e suas criações esplêndidas como essas duas referências em minha vida. Por enquanto, permaneço em silêncio, aguardando a esperança aparecer e caminhando ao lado dEle debaixo do Sol.

A propósito, o blog completou um ano dia 2 de agosto. :) 
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¹ A canção da liberdade, de Helen Berhane e Emma Newrick. (pg 101)
² Oséias 6.4
³ Lamentações 3.28-29

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